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24 jan | Atleta taquaritinguense apoiado pela Maqmóveis avança no ranking nacional e é promessa para os Jogos Paralímpicos de 2028

POSTADO ÀS 12:01 H - Acontece

A cada quatro anos, os olhos do mundo se voltam para os Jogos Olímpicos, o maior evento poliesportivo do planeta. Passadas essas competições, é a vez dos Jogos Paralímpicos, idealizados para os atletas que possuem algum grau de deficiência física ou mental, que também são realizados a cada quatro anos. Chamados também de Paraolimpíadas, esses jogos surgiram em 1960, sendo resultado da utilização do esporte como ferramenta para reabilitação de deficientes. 

O início se deu num projeto criado pelos ingleses na década de 1940, num hospital localizado em Stoke Mandeville, voltado para o tratamento dos soldados que voltaram da Segunda Guerra Mundial com lesões medulares. Ali, o médico alemão Ludwig Guttmann decidiu implantar práticas esportivas como ferramenta de reabilitação dos pacientes. A partir de 1948, ele estabeleceu uma competição que ficou conhecida como Stoke Mandeville Games. A competição tornou-se anual e passou a receber atletas estrangeiros a partir da década de 1950. Em 1960, os jogos foram levados para Roma, cidade que sediava as Olimpíadas. Esse evento contou com 400 atletas de 23 países e é considerado os primeiros Jogos Paralímpicos da história.

Já no Brasil, as práticas esportivas entre deficientes físicos começaram na década de 1950, mas a primeira participação brasileira em uma paraolimpíada aconteceu em 1972. A primeira medalha brasileira foi obtida por Robson Sampaio Almeida e Luís Carlos Coutinho na Bocha, na Paraolimpíada de 1976.

Atualmente, os Jogos Paralímpicos são organizados para atletas com algum tipo de deficiência física ou mental. Entre os atletas, há pessoas com deficiências motoras, paralisia cerebral, amputados, cegos e com deficiência mental.

Em 2024, as Paraolimpíadas acontecem em Paris entre os dias 28 de agosto e 08 de setembro. Ao todo participarão 4.400 atletas, além de 2.500 acompanhantes de até 184 países. Serão realizados 549 eventos em 22 modalidades diferentes, dentre os quais o Brasil já tem 83 vagas garantidas. Segundo o presidente do Comitê Paralímpico Internacional, o brasileiro Andrew Parsons, o Brasil tem tudo para fazer sua melhor participação na história dos Jogos. Em Tóquio, em 2020, o país foi o sétimo colocado no quadro de medalhas.

Entre os atletas que vêm se destacando no ranking nacional está o taquaritinguense Paulo Andrade de Almeida Júnior, 40 anos, arremessador de peso e de disco. Treinando há pouco mais de três anos, Paulo já conseguiu índices para estar entre o 3º e o 4º lugares em arremesso de disco no Brasil. Com apoio da Maqmóveis, o atleta agora está em busca de uma vaga para disputar as Paraolimpíadas: “Para este ano ainda não devo conseguir o índice necessário, mas estou treinando muito para estar na próxima competição, e tenho muita fé que conseguirei!”, conta Paulo. Ele compete na categoria de deficientes físicos, pois perdeu a parte inferior da perna direita depois de um acidente de moto que sofreu em 2019. 

Imagem de frente do atleta taquaritinguense Paulo Andrade de Almeida Júnior, 40 anos, arremessador de peso e de disco.
Paulo Almeida Júnior, atleta paralímpico apoiado pela Maqmóveis.

Até então, Paulo lecionava História em escolas de Taquaritinga e Cândido Rodrigues (SP). De lá para cá, se afastou das salas de aula, com pesar, pois gostava muito de ensinar. “Estudar História era um sonho que eu tinha e consegui realizar, mesmo sem o apoio da minha mãe, que não via muito futuro na carreira. Mas eu gostava muito de ser professor e até hoje encontro alunos que dizem o quanto apreciavam minhas aulas. Recentemente, um rapaz me disse que escolheu graduar-se em História por minha causa. É muito gratificante saber que influenciei positivamente na vida de tantos alunos”, diz. 

Imagem do atleta taquaritinguense Paulo Andrade de Almeida Júnior, 40 anos, arremessando um disco.
Paulo Almeida Júnior, atleta paralímpico apoiado pela Maqmóveis.

O acidente, no entanto, mudou a vida de Paulo da noite para o dia, literalmente: “Sofri o acidente à noite, e naquela mesma noite tive que amputar a perna. Foi um momento muito difícil, em que só pensava em como poderia manter a minha família, já que sem a perna tudo seria mais difícil”, lembra. Ele passou por outras duas internações e cirurgia até iniciar a recuperação com uma prótese que comprou juntando dinheiro da família e de uma vaquinha. Uma visita a Campinas para ajuste da prótese mudou sua história: na rodoviária conheceu um rapaz com nanismo que era atleta lançador de disco, peso e dardo, e que achou que Paulo tinha biotipo para o esporte. Ele encaminhou Paulo para treinos em Campinas, mas como a distância para Taquaritinga era um empecilho, Paulo acabou chegando, via uma rede de conhecidos, a um treinador em Araraquara, e desde 2020 ele se tornou atleta do programa da prefeitura, Fundesporte (Fundação de Amparo Ao Esporte do Município de Araraquara) e do clube Ferroviária

No primeiro lançamento de disco, em janeiro de 2020, ele alcançou a marca de 17 m. Hoje, já chega aos 33, 35 m. No peso, seu índice é 9, 75 m. Para se classificar no lançamento de peso, categoria presente da Paraolimpíada, Paulo tem que passar dos 14 m. Mas, com uma evolução rápida, Paulo é uma das boas promessas para os jogos de 2028. 

Imagem do atleta taquaritinguense Paulo Andrade de Almeida Júnior, 40 anos, se preparando para arremessar um disco.
Paulo Almeida Júnior, atleta paralímpico apoiado pela Maqmóveis.

O patrocínio da Maqmóveis, junto com o apoio de outras empresas e o salário que Paulo recebe da prefeitura de Araraquara permitem que ele siga adiante na realização do sonho de se tornar um atleta de ponta, desejo acalentado desde a infância de Paulo, que já treinou futebol, basquete, patinação e foi campeão de jiu-jitsu. As circunstâncias da vida fizeram com que deixasse essa intenção de lado para investir na carreira de professor, mas agora ele se sente realizado, e com muita vontade de conquistar pódios, ainda que o esporte tenha entrado em sua vida de uma maneira enviesada. “A perda da perna foi um golpe duro, mas me fez repensar na minha vida e nas oportunidades que tenho agora. Sinto que conquistei mais paz de espírito, e deixei de lado as desavenças”, fala. 

O apoio ao atleta faz parte das práticas ESG da Maqmóveis. ESG é uma sigla, em inglês, que se refere a boas práticas Ambientais, Sociais e de Governança (Environmental, Social and Governance) adotadas pelas empresas. Um dos princípios do ESG se refere às boas práticas sociais, ou seja, diz respeito à relação que a empresa tem com as pessoas do seu entorno, isso se dá pelo engajamento da empresa em causas e projetos sociais que beneficiem a comunidade, como é o caso de Paulo. 


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