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31 ago | Como serão os escritórios do futuro?

POSTADO ÀS 08:08 H -

Uma das consequências das medidas de isolamento social provocadas pela pandemia de Covid-19 foi o esvaziamento das empresas. Afinal, com muitos trabalhadores exercendo suas funções desde casa, ficaram desocupados salas, andares inteiros e edifícios comerciais completos. A incerteza do retorno às atividades econômicas fez com que diversas empresas abandonassem os aluguéis de escritórios, aumentado a vacância dos espaços comerciais.

Com a volta gradual das atividades desde o início deste ano, há um aumento também da ocupação dos escritórios, mas muitas companhias ainda estudam qual modelo de trabalho deverão adotar, e, portanto, não definiram como serão seus espaços comerciais. Enquanto isso, é importante avaliar as tendências da arquitetura e do design que ajudam a criar ambientes de trabalho adaptados às novas realidades e acolhedores para os funcionários.

Entre o trabalho presencial ou híbrido, o que se sabe é que os escritórios devem não somente ser mais funcionais, mas também mais atraentes para os trabalhadores. É cada vez mais comum que as empresas ofereçam espaços mais arrojados, com áreas de descompressão e lazer, cafeterias, terraços e pátios ao ar livre – um dos exemplos é a Mentes Notáveis, abordada em outro artigo do nosso blog. Ainda, é preciso pensar no bem-estar dos funcionários para além dos escritórios, e por isso os edifícios comerciais, tanto existentes quanto novos, devem levar em conta diretrizes ambientais e sociais.

a imagem apresenta um exemplo de escritório do futuro: ambiente descontraído com estações de trabalho, cadeiras de escritório e móveis de apoio
Escritório Mentes Notáveis, São Paulo. Foto Evelyn Muller

Para pensar:  os escritórios do futuro

Já não se pode mais pensar nos prédios empresariais como bolhas isoladas e independentes. Neles, pessoas passam boa parte de seus dias, assim, nada mais justo do que propiciar ambientes amigáveis e que facilitem o cotidiano de seus usuários, com acesso a serviços, itens de mobilidade e espaços de convívio. Além disso, esses edifícios devem buscar se integrar às comunidades e ao entorno onde estão inseridos, atendendo também às necessidades das pessoas que vivem e trabalham nas proximidades. Edifícios socialmente responsáveis contribuem para a comunidade circundante e ajudam as pessoas a se conectarem com colegas de trabalho, cultura da empresa, clientes e visitantes e com o próprio bairro.

Uma das características dos edifícios comerciais que atende às diretrizes socialmente responsáveis é a fachada ativa, ou a que permite a interação entre o espaço privado de uma edificação e a calçada. Prédios com lojas no térreo abertas ao público e aos ocupantes do edifício, a exemplo do Conjunto Nacional na Avenida Paulista, apresentam esse atributo. Conveniência e conforto são qualidades buscadas pelas novas gerações de trabalhadores, por isso é desejável que edifícios novos e antigos se adequem a essa realidade.

Um bom exemplo do que os prédios comerciais NÃO devem fazer pode ser conferido no vídeo bem-humorado produzido pelo jornalista especializado em arquitetura Raul Juste Lores, que você pode ver abaixo:

Já do lado de dentro dos edifícios, saúde e bem-estar se tornaram prioridades no pós-pandemia. Por isso uma importante área a ser cuidada é da qualidade do ar nos interiores. O ideal é que os escritórios tenham aberturas que permitam a troca de ar. Hoje em dia é cada vez mais comum que projetos de prédios comerciais novos tenham terraços com áreas verdes nos diferentes andares. Um exemplo notável é o Amazon Spheres, sede da Amazon em Seattle, nos EUA.

Inaugurado em 2018, é composto de três esferas de vidro gigantes que abrigam uma minifloresta tropical com cerca de 40 mil espécies de plantas. Internamente, o edifício oferece uma variedade de lugares para as pessoas se encontrarem, trabalharem e comerem — desde um “ninho de pássaros” com ripas de madeira a terraços com banquetas e cadeiras. Ou seja, um lugar idealizado para o bem estar dos funcionários. Aqui no Brasil, um bom exemplo é o edifício Corujas, assinado pelo escritório FGMF inaugurado em 2014. Nessa proposta, os escritórios oferecem, além de suas áreas fechadas, espaços avarandados generosos para reuniões externas e jardins próprios privativos. Ar fresco, água, sol e sombra são sempre desejáveis, então uma ideia pode ser converter pátios internos dos edifícios já existentes em espaços ajardinados, de forma a preencher a lacuna entre o escritório e a natureza, trabalho e lazer.

Ainda, é preciso priorizar outros tipos de transporte além do carro particular. A aceleração da micro mobilidade criou a necessidade de se estabelecerem estacionamentos exclusivos para bicicletas e motos, que podem estar conectados a chuveiros e vestiários. As entregas de pacotes e alimentos também aumentaram, e o desejo de limitar as interações por motivos de saúde criou a demanda por entrega de pacotes nos térreos dos prédios, que devem ter espaços dedicados a isso. Além disso, é interessante também que os escritórios ofereçam áreas com lockers para que os usuários possam guardar seus pertences e pacotes.

escritório com estações de trabalho coletivas e cadeiras, nas laterais móveis de armazenagem e armários baixos tipo locker

Com a forte tendência de que o futuro do trabalho será híbrido, o vazio deixado por algumas empresas nos edifícios comerciais deverá ser substituído em parte por espaços de coworking, mas também existem apostas em oportunidades de uso misto, com a combinação de salas comerciais, espaços residenciais e de entretenimento num único edifício.

Para repensar esses novos espaços, inspire-se nos cases inovadores da Maqmóveis, aqui!

Escola Gracinha, SP. Projeto Hungaro Valente Arquitetura. Foto Mariana Lima

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