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| Arquitetura escolar inclusiva: construindo salas de aula para todos

POSTADO ÀS 10:02 H - 07 fev 2025 - Educacional

O papel da escola vai além de ser uma fonte de conteúdo e conhecimento. É também a instituição que contribui na formação de indivíduos para o convívio em sociedade. É na escola que o aluno aprende a trabalhar em grupo, a debater e ouvir opiniões diferentes das suas, a conviver com as diferenças, enfim, é neste ambiente que os estudantes recebem grande parte de sua formação como cidadãos. Por isso, um dos papéis fundamentais da escola é a inclusão de pessoas com deficiência. Afinal, se o espaço escolar é um microcosmo da sociedade, o ideal é encontrar lá também a diversidade existente do lado de fora. Daí a importância de se pensar em salas de aula acessíveis e inclusivas, preparadas para receber todos os alunos. Um bom projeto de arquitetura tem papel determinante para atender a essas demandas de forma adequada. 

A arquiteta Bruna Vieira de Assis, do escritório mineiro Inclua, especializado em arquitetura escolar, infantil e inclusiva, explica que não basta pensar apenas em acessibilidade: “A pauta da inclusão já vem sendo debatida e discutida há algum tempo; porém, é preciso compreender as diferenças fundamentais entre uma sala de aula acessível e uma sala de aula efetivamente inclusiva. Afinal, acessibilidade é aquilo que traz acesso, e inclusão é pertencer, fazer parte. E é neste ponto que precisamos nos atentar ao projetarmos ambientes escolares”.  

Para Bruna e sua equipe, a acessibilidade é obrigatória, ou seja, é algo que não se pode prescindir num projeto. Já a inclusão é uma realidade para uma sociedade mais justa e igualitária. “O espaço educacional precisa ser planejado para atender crianças típicas e atípicas, e hoje já temos carteiras ergonômicas, cadeiras mais confortáveis, mesas anatômicas e outros móveis para que todos possam ficar adequadamente acomodados. Mas, no meu entender, isto é apenas o começo de uma lista de itens que vai muito além do cuidado espacial. É preciso pensar com uma mente inclusiva, se colocando no lugar do outro. A sala de aula tradicional, com carteiras enfileiradas e lousa, nunca funcionou para todos”, diz Bruna.

Na imagem, vemos uma sala de aula com acessibilidade.
Móveis da linha Jataí contribuem para criação de espaços de aprendizagem acessíveis e inclusivos

Para que as salas de aula sejam ideais para a diversidade de alunos, a arquiteta acredita que é preciso “desconstruir” esse espaço, e isso também faz parte do aprendizado. “Ambientes com mobiliário versátil que permita o aprendizado respeitando o tempo de cada indivíduo são fundamentais para a inclusão. Ainda, móveis modulares e ambientes setorizados que ofereçam um melhor desenvolvimento multidisciplinar ao aluno auxiliam no sentimento de pertencimento e autonomia”, completa. 

Se, ao longo de toda a história das escolas o mobiliário foi evoluindo para melhor atender às necessidades dos usuários, é necessário novamente implementar mudanças que propiciem o sentimento de inclusão, para que todos os alunos possam de fato desenvolver suas potencialidades e aproveitarem ao máximo os momentos de aprendizado. “Basta olharmos para a história dos ambientes escolares e veremos que saímos de pesados bancos de ferro e madeira e chegamos a carteiras ergonômicas e confortáveis, cujo projeto vai muito além de critérios estéticos. As mudanças educacionais e sociais são contínuas, e o mobiliário usado pelos alunos durante 4 a 6 horas por dia, às vezes até mais tempo, tem acompanhado essa dinâmica”, acrescenta. 

Porém, não é apenas o conforto, a beleza e a postura correta dos alunos que precisa ser prevista em projetos escolares. Como os estudantes são diversos, a individualidade e a necessidade de cada um deve estar contemplada na idealização dos ambientes das escolas. “A durabilidade e a qualidade dos móveis é muito importante, mas também é preciso se ater à textura e aos materiais aplicados na finalização de cada peça: algumas pessoas têm hipersensibilidade, o que pode dificultar a permanência no mobiliário. Então, pensar em múltiplos acabamentos pode auxiliar o processo inclusivo”, completa Bruna. Nos projetos do escritório de Bruna, a inclusividade é planejada nos mais variados aspectos: uso de cores, iluminação adequada para cada situação, segurança dos usuários, funcionalidade dos móveis e espaços e, claro, no design. Para equipe de arquitetas da Inclua, a evolução do ambiente escolar significa projetar agora considerando a inclusão de todos.


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